Cantinho do Céu
Mais um dia de sol....Sr Primo Cerato e sua horta.
Hoje em dia parece até o Pão de Açucar....haha
por Roberto Bonomi
III SALÃO DE HUMOR DE LIMEIRA
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ESBOÇO DO PRIMEIRO DESENHO PARA III SALÃO DE HUMOR DE LIMEIRO realizado e produzido pelo Jornal O PIO.
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Vem aí o III Salão de Humor de Limeira
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direto da redação
Caros leitores. estamos prestes a anunciar o lançamento do III Salão de Humor de Limeira.
Faltam apenas alguns ajustes.Podemos adiantar aos nossos desenhistas que a partir do próximo mês começam as inscrições. Sobre o regulamento, não teremos muitas diferenças, salvo pequenos detalhes. O tamanho mínimo da folha de desenho é o formato A4 (21x29,7cm), e o máximo com formato A3 (42x29,7cm). Vale ressaltar que desenhos entregues em folhas maiores que o tamanho máximo A3, serão desclassificadas automaticamente.
Cada inscrito pode apresentar 3 trabalhos de categorias diferentes ou somente em uma só. Vale a pena ressaltar que serão expostos 40 desenhos este ano, dando muito mais possibilidade para novos talentos, além dos prêmios em dinheiro, troféus, etc.
Agora com o blog do Jornal O PIO, notícia das novidades, e detalhes dos acontecimentos.
Na próxima edição publicaremos o regulamento com todos os detalhes para a inscrição e participação. Até lá!
DO MUNDO
Paulo Cesar Cavazin
Impropério, de tanto que ainda exista,
não há como xingar o horror que encerra...
Se os escabrosos palavrões da terra
são débeis para o instinto armamentista...
No mundo, não há artista a querer guerra,
se foge até a palavra ao que é artista.
Se a arte não traduz o anormal que erra.
Se em cinzas, a Poesia nos contrista.
Piedade, não há mais ao mundo inculto,
nem mesmo à tal nação que sobressai!...
Já não pede Jesus o antigo indulto,
mas sua flama é veemente e pela Paz:
— “Que se extinga a violência porque, ó Pai,
já sabe, cada qual, o mal que faz”!...
O MUNDO DE BOBINHO Maio 2007
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por Roberto Bonomi
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Bob ou Bobinho como era mais conhecido, ouvia muito falar sobre o fim do mundo. Ultimamente totalmente pressionado a pensar que isso era verdade... Que isso aconteceria... Mas de repente não quis mais saber de toda esta conversa, e resolveu agir com as próprias mãos. Foi para seu quarto, vestiu sua calça super equipada com bolsos para mil utensílios, sua camiseta da “Liga dos Super Heróis disfarçados de Meninos”, sua jaqueta Super Sônica à prova de qualquer impacto, com também vários bolsos, para mil coisas, e depois colocou seu Bonecapacete Ultra Proteção com Visor Digital e Ultra Violeta. Também não se esqueceu de sua super arma notebooker, tri core, última geração do mentium 58, com adaptador de rede, num sei o que e num sei o que lá. Quando estava preste a sair encontrou sua Mamãe na sala de estar e quis passar desapercebido, mas não conseguiu. Mamãe lhe explicou sobre a camada de ozônio, o aquecimento global, a poluição das águas de todo planeta. Então Bobinho, inocente, perguntou quem era o culpado, comprometendo a sobrevivência da raça humana. Mamãe disse que era o homem. A ganância pelo poder e a falta de Amor. Bobinho ficou indignado e se dispôs a lutar bravamente por nosso planeta. Seria uma questão de honra resolver tudo com os donos do mundo. Então Mamãe perguntou “Como você vai viajar para os quatro cantos da terra filho? Bobinho muito sagaz disse “Com minha Super Hiper Triper Nave, parada ai na frente”...
EDITORIAL - MAIO 2007
Queridos leitores, é com grande satisfação que apresentamos o III Salão de Humor de Limeira. Nesta terceira edição acreditamos que nosso evento, realizado e produzido pelo Jornal O PIO, promete ser em breve um dos salões mais requisitados de nossa região e quiçá em breve do mundo. Temos muitas novidades para este ano e muitas surpresas também. Ma exposição teremos em vez de 20 desenhos expostos, 40 o que dobra a chance de cada artista fazer parte de uma seleção de desenhos de alto nível técnico e artístico. Este ano as inscrições estão abertas para todos os quatro cantos do planeta e vamos ver no que vai dar. Acreditamos muito em nossos talentos e por isso mesmo estamos dispostos a todo ano trazer a tona um evento consagrado pelo mundo todo, não só porque mostra arte pura e inteligente, mas também porque agrada grandemente todo publico sem exceções. Outra novidade vai ser a exposição itinerante após a exposição oficial. Todos os detalhes, desde a inscrição até o local de nossa exposição serão informados a partir da próxima edição em Junho. O que podemos adiantar é que os desenhos podem começar a ser preparados com muito capricho, é claro. Afinal não queremos deixar para a última hora a entrega de nosso desenho campeão! Também gostaria de comentar sobre a FACIL 2007 que foi o maior sucesso. A feira estava repleta de empresas. Parabéns a ACIL pela produção deste belo evento e também ao Senhor Elias que mais uma vez mostrou toda sua competência como organizador. Maio também é o mês das Mães, e queria deixar um desejo de amor e paz para todas nossas queridas Mamães, especialmente para a minha querida e amada Lucia Bonomi.
MAIO de 2007 #31
Photo escolhida para capa de Maio de 2007.
Retrata o descaso com o prédio conhecido como Palacete Levy, abandonado..... caindo em pedaços....Pobre PALACETE......
Agora arte final concluída por Roberto BonomiVIRTUDES
Eudoxia Castro Quiterio
Amor, Paz, Pureza,
Equilíbrio, Fé, Verdade,
Poder, Felicidade!
Eis as virtudes essenciais
Para um Bem Viver!
Essas Virtudes
Atraem sentimentos mil,
Que nos levam à FRATERNIDADE,
IGUALDADE, LIBERDADE!
Quem tem Fé, tem Amor.
Quem tem Amor, tem e difunde a Paz.
Quem tem pureza de sentimentos,
Ama a Verdade, é correto no desempenho do seu Poder!
Quem tem Fé, Amor e Paz é Feliz
E proporciona bem estar aos que vivem ao seu lado,
Motivando uma amizade sincera,
Que não ha nada que pague!
Para termos essas Virtudes,
É preciso que tenhamos Boa Formação
E, se essa maneira de sentir e agir fosse geral,
Teríamos a tão almejada Paz Mundial!
Terra dos Homens
Terra dos Homens: Olhando Mozart
Antoine de Saint-Exupéry
Do livro Terra dos Homens, de Antoine de Saint-Exupéry, mesmo autor de O Pequeno Príncipe.
E agora aqui, na ultima página deste livro, eu me lembro daqueles burocratas envelhecidos que nos serviram de cortejo na madrugada de nosso primeiro vôo, quando nos preparávamos para virar homens, tendo tido a sorte de ser designados Eles eram semelhantes a nós, mas não sabiam que tinham fome.
E há muitos homens assim, dormindo, sem que ninguém os desperte.
Há alguns anos, durante uma longa viagem de estrada de ferro, resolvi visitar aquela pátria em marcha em que ficaria por três dias, prisioneiro, durante os três dias, daquele ruído de seixos rolados pelo mar. Levantei-me. Pela uma hora da madrugada corri os carros, de ponta a ponta. Os dormitórios estavam vazios. Os carros de primeira classe estavam vazios.
Mas os carros de terceira estavam cheios de centenas de operários poloneses despedidos na França, que voltavam para a sua Polônia. Caminhei pelo centro do carro levantando as pernas para não tocar nos corpos adormecidos. Parei para olhar. De pé, sob a lâmpada do carro, contemplei naquele vagão sem divisões que parecia um quarto, que cheirava a caserna e a delegacia, toda uma população confusa, sacudida pelos movimentos do trem. Toda uma população mergulhada em sonhos tristes, que regressava para a sua miséria. Grandes cabeças raspadas rolavam no encosto dos bancos. Homens, mulheres, crianças, todos se viravam da direita para a esquerda, como atacados por todos aqueles ruídos, por todas aquelas sacudidelas que ameaçavam seu sono, seu esquecimento. Não achavam ali a hospitalidade de um bom sono.
E assim eles me pareciam ter perdido um pouco a qualidade humana, sacudidos de um extremo a outro da Europa pelas necessidades econômicas, arrancados à casinha do Norte, ao minúsculo jardim, aos três vasos de gerânio que notei outrora nas janelas dos mineiros poloneses. Nos grandes fardos mal arrumados, mal amarrados, eles haviam juntado apenas seus utensílios de cozinha, suas roupas de cama e cortinas. Mas tudo o que haviam acariciado e amado, tudo a que se haviam afeiçoado em quatro ou cinco anos de vida na França, o gato, o cachorro, os gerânios, tudo tiveram de sacrificar, levando apenas aquelas baterias de cozinha.
Uma criança chupava o seio de sua mãe que de tão cansada parecia dormir. A vida transmitia-se assim no absurdo e na desordem daquela viagem. Olhei o pai. Um crânio pesado e nu como uma pedra. Um corpo dobrado no desconforto do sono, preso nas suas vestimentas de trabalho, um rosto escavado com buracos de sombra e saliências de ossos. Aquele homem parecia um monte de barro. Era como um desses embrulhos sem forma que se deixam ficar à noite nos buracos das feiras. E eu pensei: o problema não reside nessa miséria, nem nessa sujeira, nem nessa fealdade. Mas esse homem e essa mulher sem dúvida se conheceram um dia, e o homem sorriu para a mulher; levou-lhe, sem dúvida, algumas flores depois do trabalho. Tímido e sem jeito, ele temia ser desprezado. Mas a mulher, por fagueirice natural, a mulher, certa de sua graça, talvez se divertisse em inquietá-lo. E ela, que hoje é apenas uma máquina de cavar ou de martelar, sentia assim no coração uma deliciosa angústia. O mistério está nisso: eles se terem tornado esses montes de barro. Por que terrível molde terão passado, por que estranha máquina de entortar homens? Um animal ao envelhecer conserva a sua graça. Porque essa bela argila humana se estraga assim?
E continuo minha viagem entre uma população de sono turvo e inquieto. Flutua no ar um barulho vago feito de roncos roucos, de queixas obscuras, do raspar das botinas dos que se viram de um lado para outro. E sempre, em surdina, o infatigável acompanhamento dos seixos rolados pelo mar.
Sento-me diante de um casal. Entre o homem e a mulher a criança, bem ou mal, havia se alojado, e dormia. Volta-se, porém, no sono, e seu rosto me aparece sob a luz da lâmpada. Ah, que lindo rosto! Havia nascido daquele casal uma espécie de fruto dourado. Daqueles pesados animais havia nascido um prodígio de graça e encanto. Inclinei-me sobre a testa lisa, a pequena boca ingênua. E disse comigo mesmo: eis a face de um músico, eis Mozart criança, eis uma bela promessa de vida. Não são diferentes dele os belos príncipes das lendas. Protegido, educado, cultivado, que não seria ele? Quando, por mutação, nasce nos jardins uma rosa nova, os jardineiros se alvoroçam. A rosa é isolada, é cultivada, é favorecida. Mas não há jardineiros para os homens. Mozart criança irá para a estranha máquina de entortar homens. Mozart fará suas alegrias mais altas da música podre na sujeira dos cafés-concertos. Mozart está condenado.
Voltei para o meu carro. E pensava: essa gente quase não sofre o seu destino. E o que me atormenta aqui não é a caridade. Não se trata da gente se comover sobre uma ferida eternamente aberta. Os que a levam não a sentem. É alguma coisa como a espécie humana, e não o indivíduo, que está ferida, que está lesada. Não creio na piedade. O que me atormenta é o ponto de vista do jardineiro. O que me atormenta não é essa miséria na qual, afinal de contas, um homem se acostuma, como no ócio. Gerações de orientais vivem na sujeira e gostam de viver assim.
O que me atormenta, as sopas populares não remediam. O que me atormenta não são essas faces escavadas nem essa feiúra. É um pouco, em cada um desses homens, Mozart assassinado.
Só o Espírito, sobrando sobre a argila, pode criar o Homem.
Fonte: livro "Terra dos Homens", de Antoine Saint-Exupery, Trad. Rubem Braga, Ed. José Olympio, Rio de Janeiro, 1940.
BORDEL 03
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