CAPA Jan 2008

Arte final da capa do mês de janeiro #39 de 2008. Caricatura do Global José Maia Desenho original por Moisés de Macedo Coutinho
"...Porque você ainda pode
estar aqui amanhã, mas
seus sonhos talvez não.."
Cat Stevens
(father and son)

Caricatura do mês

Caricatura de Durval da Cunha, Fotógrafo,
parceiro do Jornal O PIO. Durval, um
próspero Ano Novo para você e toda sua família!!

JOÃO ZERO Jan 2008

POTÊNCIA 883

photo como foi publicada na edição de Jan de 2008

agora photo original por Roberto Bonomi

O MUNDO DE BOBINHO Jan 2008

por Roberto Bonomi
Bob, ou Bobinho como era mais conhecido, estava lendo o jornal e viu que o assunto, aliás, nos últimos tempos, era a violência. Notou também que não era uma coisa regionalizada, ou apenas no seu país, mas em todos os lugares. No mundo. Cada lugar com sua manifestação diferente, mas todas com o mesmo efeito: O medo. Bobinho pensou quem era responsável por isso? Quem na verdade sustentava a nova era da balbúrdia? Seria a mesma de sempre? Por aqui, primeiramente pensou que fosse culpa do primeiro setor da sociedade, representado pelos políticos, que são eleitos para o bem servir da sociedade. Todos sabem que esta classe não tem moral - com raras exceções - e são evidentes os descasos perante a sociedade. Mas espera ai, pensou Bobinho... Se estes homens, eleitos para servir (que se sentem no direito e até acreditam que são donos de seus cargos) estão agindo de forma incoerente, porque toda a população não foi reclamar? Todos sabem apontar o dedo para os culpados, mas alguém foi reclamar? Você que está lendo agora reclamou? Exigiu os seus DIREITOS? Não? Então como poderíamos mudar este quadro??? Bobinho chegou a pensar que no fim das contas era melhor ser político, pois com o voto do povo (população em geral), com seu aval, com a liberdade que toda a população dava a estes seres eleitos para o povo e pelo povo, nada mais eram que cidadãos do mais alto nível de sinceridade e honestidade. Sim, é claro, pois estavam usando o velho e bom cabide social da política pública para seu próprio benefício. Sim pasmem, pensou Bobinho. Bom, se o político estava tripudiando o povo (neste caso, claro, o povão) e o dinheiro público e o eleitor fazia nada, era muito justo e correto que continuasse assim. Pelo menos percebeu que o político era honesto com sua escolha, e fazia determinantemente o que o povo que o elegeu, permitia que fizesse. Bobinho depois destas contemplações se sentiu bem, e de certa maneira até começou a admirar a "honestidade" de nossos políticos tão seguros de si, e plenamente satisfeitos com suas escolhas. Eram homens ao menos que sabiam o que estavam fazendo. Já que seu país era regido pelos empresários poderosíssimos, resolveu analisar esta classe, na ordem de seu pensamento, a segunda análise, o segundo setor da sociedade. Os empresários, claase ricos, poderosos, também estavam passando por dificuldades sérias, e tendo lucros exorbitantes, diga-se de passagem, pois eram as vitimas preferidas do crime. Estes diferentemente dos políticos que eram eleitos para servir, podiam se dar ao luxo de serem donos de suas próprias ações e atitudes. Estes também eram "o povo" (não o povão!) que elegia os políticos, e que por conseqüência, responsáveis pela NÃO revisão das faltas cometidas pelos zombeteiros da cidadania, se lembra, o político. Mas opa, calma aí... Se os empresários tinham poder, podiam ser donos de suas atitudes, por que deixavam o político fazer tudo daquela maneira? Será que eles ganhavam alguma coisa com isso? Será que existia um pacto secreto e automático entre os dois primeiros setores da nossa sociedade? Mas porque então, os mesmos empresários ricos e poderosos, agora estavam tão apavorados e indignados com toda onda de violência, contra eles e suas famílias? Será que foram eles mesmos, com suas práticas capitalistas que criaram isso (claro que sempre há exceções)? Bobinho pensou, pensou e descobriu... O empresário, como Bobinho ouviu outro dia, visava simplesmente o lucro financeiro, e retorno (em cifras, não é social não) bem rápido para encher o seu cofre. Também tinha seu lado político, mas era única e exclusivamente em benefício próprio, lembrando até o político de verdade, mas podia se dar a esta conveniência. Este construía castelos para si e a calçada da rua estava sem pavimento oprimindo o povão. Então pensou Bobinho, mas não é do primeiro setor a obrigação pela calçada para o povo (agora é o povão de novo) andar? Porque o político não arruma a calçada, a rua, a sociedade se ele esta lá para isso? Ahh, pelo fato de que o político é honesto com suas escolhas e arruma só o seu bolso, e a calçada de sua mansão, é claro, com o consentimento do empresário (agora é o povo, o povo que pode reclamar e não reclama). Bobinho quase caiu da cadeira, e apesar de uma criança, sabia que eram necessários pelo menos vinte anos de base democrática de verdade (e não oligarquias) para que toda esta situação fosse resolvida, mas o empresário, rico, poderoso, tapava o sol com a peneira. Agora o empresário estava revoltado, mesmo com seu mínimo de compreensão e bom senso social, contra aquele que sempre foi repudiado pela sociedade e a opressão financeira dos lucros MONETÁRIOS. Ou vai dizer que a massa (agora é o povão de novo) é que tem de tomar uma atitude? "Larga a peneira empresário" e toma uma atitude, pensou o pequenino Bobinho, tão inocente. Atitude pensou, era mais que apoiar a educação, cultura e cidadania, pois para tanto é necessário dizer "Ô meu amigo, você não pode por 19 filhos no mundo, por isso e por aquilo" (existem mil motivos concretos e sóbrios, até mesmo pelo fato de ser impossível todos sobreviverem somente com oxigênio e sol quente) ao contrário do que a falta de capacidade e os maus costumes, força dos boatos em nossa gente, acredita que se não tiver mais de dez filhos não é homem de verdade. Bobinho desconfiou que algum coronel de chapéu de longas abas pode ter sido o incentivador desta crença anti-social, anti-familiar, anti-inteligência, e extremamente delimitadora de qualquer tentativa em prol de uma sociedade em progresso. Pode crer! Este empresário que diz querer um retorno não rápido, mais imediato, e o tem, agora reclama por uma reforma social e espera que "possamos ter os efeitos desejados num espaço curto de tempo". Claro a culpa é do político, de professores que o político traz com seu descaso, e "parece que não houve preocupação com a formação dos jovens". Isto é falta de educação dos próprios pais, dentro de casa, pois estes alimentam a rotina capitalista de monopólios em vez de ensinar com AMOR e CIDADANIA seu filho ser um homem de verdade. Acha que enganando os outros e sustentando a família é o certo (palavras reais de políticos). A falta de investimento é culpa do empresário que tem força, e não faz nada pela sociedade, e nada contra o político safado. Bobinho ouviu o empresário dizer "Eu pago impostos para o governo e ainda tenho que colaborar com a sociedade...?". Bobinho teve um ataque de riso de duas horas (melhor rir que chorar). E se não fossem os milhões de pessoas (a sociedade, a mesma da qual o empresário acha que não tem responsabilidade nenhuma) como é que este cara-de-pau ia ter seus enormes lucros "honestamente" (pagando um salário de fome com altas horas de trabalho, sonegando impostos e por ai a fora). Quem paga imposto direitinho por aqui? O que pode ser até justo, já que as taxas estão diretamente atreladas ao bolso de outro empresário ganancioso: o empresário do dinheiro público, mais conhecido como político. É uma briga de cachorro grande como ouviu Bobinho outro dia. O que devemos esperar? A revolução dos pobres oprimidos do "povão" (que estão presos por vender drogas aos "bem afortunados financeiramente"). O que devemos esperar, mais uma revolução francesa? Como esperar dos educadores a responsabilidade pelas mudanças, se os educadores de verdade já morreram - de velhice. Como esperar que nossas crianças sejam cidadãos se os pais (políticos, empresários e pseudo-professores, enfim os que tem condições reais num país miserável) não sabem o que é isso? Bobinho tinha um amiguinho que passava dificuldades (mais um), pois o pai dele estava desempregado, sem utilidade social, pois era um homem muito competente, mas encostado pela nova disciplina que Bobinho chamou de "Disciplina do Boi" onde se você não reza a missa quieto, é mandado embora. "Abaixo a iniciativa e competência, avante o Bom Boi". A violência não é a causa dos problemas, é o efeito, CACETE (Bobinho nunca tinha falado uma palavrão antes... mas foi obrigado desta vez... ainda bem que foi leve...). Agora os empresários (Bobinho sabia que existiam ainda os bons empresários responsáveis por muita coisa boa, na verdade a maioria das coisas que ainda eram boas na sociedade) acostumados a enriquecer rápido e fácil, simplismente vejam vocês por que escolheram isso, sabem fazer cara feia, sabem ser o "chefão", não tem pudor em dar calotes nos fornecedores pequenos e doutrinados pelo sistema vil, sabem dizer não, sabem oprimir, sabem ficar devendo para todo mundo, enquanto ganham juros e mais juros, sabem dizer que não é problema seu, mas querem uma solução rápida. E vão ficar querendo...

NOVO DIA

Eudoxia Castro Quiterio Cada despertar para um novo dia É motivo de agradecer a DEUS E com fé pedir a ELE ajuda para que Com saúde e dignidade, possamos bem vive-lo! A natureza nos dá os ensinamentos de Deus. A noite escura ficou no passado, Sendo substituída pelo raiar da aurora Que é o início de um novo dia a vencer! É preciso pela família o melhor fazer, Para o respeito merecer, ser bom profissional E os parentes, amigos e até os desconhecidos reconhecer Como irmãos diante de DEUS e respeita-los! O bem viver depende de nós, Na nossa maneira de pensar e agir, Dos atos errados fugir E os bons exemplos seguir! Como é bom a noite ter certeza Da maneira correta que agimos E que o bom dia que tivemos

DIRETO DA NET

O Vento Canta
Era uma vez uma indústria de calçados aqui no Brasil que desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia. Em seguida, mandou dois de seus consultores a pontos diferentes do país para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado. Depois de alguns dias de pesquisa, um dos consultores enviou o seguinte fax para a direção da indústria: "Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos." Sem saber desse fax, alguns dias depois o segundo consultor mandou o seu: "Senhores, tripliquem o projeto da exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos ... ainda." MORAL DA HISTÓRIA: A mesma situação era um tremendo obstáculo para um dos consultores e uma fantástica oportunidade para outro. Da mesma forma, tudo na vida pode ser visto com enfoques e maneiras diferentes. A sabedoria popular traduz essa situação na seguinte frase: "OS TRISTES ACHAM QUE O VENTO GEME; OS ALEGRES ACHAM QUE ELE CANTA". O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida, faz TODA diferença.

QUADRINHOS Jan 2008